segunda-feira, junho 18, 2018

MUNDIAL À LUPA: Só a brigada de Minas e Armadilhas conseguiu arrombar a porta do alfaiate


Pelo seu talento e vasto lote de jogadores acima da média, a Bélgica tem obrigação de figurar entre as favoritas à vitória de qualquer Mundial ou Europeu em que participa. Mas tanto no Mundial de 2014, como no Europeu de 2016, os Diabos Vermelhos ficaram muito aquém das suas possibilidades e sempre devido a uma sobranceria difícil de entender.

Como se os belgas acreditassem que o talento fosse suficiente para garantir vitórias, sem que o esforço fizesse parte dessa equação. Quem viu a primeira metade da estreia dos homens de Roberto Martinez, pareceu estar a assistir a uma repetição de um qualquer jogo do último Mundial em que participou a Bélgica. Sem velocidade, sem ideias e acima de sem vontade.

De quando em vez, nos rasgos individuais de Hazard e Mertens, lá surgia algum perigo para a baliza de Penedo, mas nada de muito relevante.

O intervalo chegou e os estreantes panamianos começavam a acreditar que o impensável era possivel. O ambiente de festa dos centroamericanos fazia-se sentir nas bancadas, mas acabaria por ser à bomba que a brigada de Minas e Armadilhas da armada belga abriu finalmente a porta do Alfaiate do Panamá, que bem se esforçou para não abrir a loja em dia de feriado nacional do país.

Dries Mertens parecia que estava numa qualquer praia do Panamá, de férias, a jogar à bola entre mergulhos. Um pontapé sem deixar cair a bola na areia (perdão, na relva) pôs fim à resistência contrária.



Daí para a frente abriram-se verdadeiras avenidas na sua defesa, autêntico chocolate para os belgas, que aproveitaram a velocidade de Hazard e Mertens para aumentar o marcador, num bis de Lukaku que finalmente apareceu no encontro, primeiro numa assistência à Quaresma de Kevin De Bruyne, e depois a concluir de forma deliciosa um contra-ataque após passe de Eden Hazard.

Vitória fácil dos diabos vermelhos e sem qualquer esforço, um mau prenúncio se os belgas se convencerem que a este ritmo vão alcançar o sucesso contra adversários de outra dimensão. Já para não falar no lado esquerdo da sua defesa, com Carrasco adaptado a lateral que faz todo o flanco, sempre abrindo espaço nas suas costas, que os panamianos não tiveram arte nem engenho para aproveitar.

Man of the Match: Romelu Lukaku


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