domingo, julho 06, 2014

O toque de Midas de Van Gaal


Não sei quem dos quatro semi-finalistas vai ser campeão do mundo, mas uma coisa é certa, Louis Van Gaal é de longe o melhor treinador ainda em prova. Já não bastava a transformação da matriz holandesa com mais de 30 anos, o Futebol Total de Cruyff, ainda teve a ousadia e a mestria de substituir o guarda-redes nos descontos do prolongamento, fazendo entrar Tim Krull que defenderia duas grandes penalidades, apurando a Holanda para a meia-final onde terá pela frente a Argentina de Messi.

O jogo teve quase apenas um sentido. Sempre com Robben em excesso de velocidade, a laranja foi sempre superior, dominou de início ao fim e apenas foi obrigada a decidir na lotaria dos penalties porque Keylor Navas é um guardião extraordinário e porque os deuses pareciam torcer pelos Ticos, com dois grandes pontapés de Wesley Sneijder a serem devolvidos pelos ferros da baliza de Navas. É certo que Umaña até podia ter dado a vitória aos costa-riquenhos à beira do minuto 120, mas foi praticamente a única jogada de perigo em todo o jogo.

A lei do mais forte raramente funciona nas grandes competições, mas a verdade é que as duas seleções mais fortes dos dois principais continentes do mundo do futebol (Europa e América do Sul) estão nas meias (tendo em conta que a Espanha se eclipsou... graças à Holanda).

Serão duas equipas mais fortes coletivamente, muito mais desenvolvidas e competentes em termos táticos, contra a habitual anarquia, coração e magia dos sul-americanos. Os prognósticos dos quartos saíram-me quase totalmente errados (salvou-se este jogo), mas volto a arriscar e aposto numa final europeia no Maracanã. E no fim... ganha a Alemanha (Lineker dixit).


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