terça-feira, julho 08, 2014

O Massacre do Mineirão



No dia 2 de outubro de 1992, o Brasil vivia uma das mais negras páginas da sua história, com o Massacre de Carandiru, um estabelecimento prisional em São Paulo, que terminou com a morte de mais de uma centena de pessoas. Esta noite, no Estádio Mineirão, escreveu-se a página mais negra da história do futebol brasileiro.

Como aqui referi há dias, a superioridade tática da Alemanha não merecia dúvidas, assim como a qualidade individual. Mas ousar pensar neste desequilíbrio nem o mais louco poderia imaginar.

Os erros defensivos do Brasil estiveram ao nível de uma equipa de infantis. David Luiz completamente perdido (deve ter feito o pior jogo da sua carreira), Marcelo constantemente a pôr os avançados alemães em jogo (em pelo menos dois golos), só para citar dois exemplos. Foram erros individuais. Foram erros coletivos. Foi o pesadelo, com o resultado em 0-5 em 30 minutos de jogo (4 deles em menos de 10 minutos).

Não vale a pena bater mais no ceguinho, a seleção brasileira não tem nada a ver com outras que conquistaram o mundo. Não tem grande talento para além de Neymar e tem um treinador que possui grande capacidade motivacional, mas é um autêntico zero em tudo o resto.

Do outro lado, um autêntico carro de assalto. Uma equipa que domina o jogo, é dona da bola, defende com grande rigor e com um conjunto de talentos ímpar. São os grandes favoritos ao título mundial e sem dúvida que o merecerão. Apenas a Holanda poderá impedi-lo, creio, porque uma final Alemanha-Argentina temo que poderá ser a repetição do Massacre de hoje (o que seria uma enorme alegria para o povo brasileiro).

E com isto tudo, quase que passa despercebido o enorme feito de Miroslav Klose que se tornou hoje no melhor marcador da história dos Mundiais com 16 golos. O seu colega Thomas Muller poderá batê-lo já daqui a quatro anos (já leva 10 tentos e tem apenas 24 anos).

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