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segunda-feira, junho 18, 2018
MUNDIAL À LUPA: A dinastia Harry na Inglaterra de Guardiola
Depois do casamento real de há poucos dias, outro Harry decidiu assumir o protogonismo inglês. Harry Kane é o novo herói dos subditos de Sua Majestade. Com um bis que não se via de um inglês em mundiais desde o Itália 90, quando Gary Lineker, também contra uma equipa africana (Camarões), Kane assumiu a coroa real. E vão dez golos nos últimos oito jogos com a camisola dos três leões.
Mas foi preciso sofrer a bom sofrer para que a equipa de Southgate conseguisse somar os três pontos. A Inglaterra entrou de forma avassaladora, com um ataque muito rápido, com constantes movimentos de rutura em combinações e velocidade entre os alas e os três médios ofensivos que baralhavam por completo uma Tunísia que parecia perdida em campo.
A Inglaterra de Pep Guardiola
Esta Inglaterra é claramente uma equipa com total influência de Pep Guardiola. E é curioso que o mesmo já se passou com a Espanha quando treinava o Barcelona (a Espanha conquistou tudo nesse período) e com a Alemanha quando treinava o Bayern (os germânicos foram campeões do mundo). Será que o resultado será igual? Parece difícil mas lá diz o ditado que não há duas sem três...
Southgate joga com três centrais mas um deles é uma adaptação, Kyle Walker, que quando em momento ofensivo abre pela direita permitindo a Trippier ser um autêntico extremo. Do lado contrário Harry Maguire não é tão afoito, pois é central, mas dá muita saída de bola aos ingleses.
Henderson quase sozinho garante a cobertura defensiva ao trio de criativos que joga nas costas de Kane (faz lembrar Fejsa no Benfica ainda que com raio de ação mais vasto e com outra capacidade ofensiva), onde Dele Alli, Lingard e Sterling dão asas ao jogo inglês, com toques e fintas curtas, que fazem parecer fácil a criação de oportunidades de golo.
E foram muitas, um verdadeiro festival de golos falhados, com ênfase para Lingard que esteve particularmente desastrado nesse capítulo. Valeu Kane que parece destinado a subir ao trono do reino inglês.
Aos 11 abriu o marcador na recarga a grande defesa de Hassen após cabeçada de Maguire na sequência de um canto. E seria o salvador da pátria aos 90+1 em novo golo de canto, desviando ao segundo poste para o fundo da baliza de Ben Mustapha, que rendeu Hassen que saiu lesionado após o golo inglês.
Só mesmo um disparate de Kyle Walker, que derrubou com o braço num lance totalmente inofensivo um avançado tunisino, dando origem ao golo de pontapé de penalty transformado por Sassi aos 35'. Foi praticamente o único momento de relevo da Tunísia no jogo que pode agradecer à falta de eficácia inglesa e às boas exibições dos seus dois guarda-redes o facto de quase ter saído com um ponto deste jogo ao invés de uma goleada. Apesar do menor fulgor inglês na segunda metade, acusando o golo tunisino.
Uma nota final para outro Harry, Maguire, que esteve imperial pelo ar nas bolas paradas ofensivas, ao que juntou uma excelente exibição no capítulo defensivo e na saída de bola que deu pela esquerda.
Man of the Match: Harry Kane
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