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quinta-feira, julho 10, 2014
Romero foi o mais Kru(e)l
Num jogo que parecia não ter balizas, acabaria por ser o guardião de uma deles a vestir a pele de herói. E como desta vez não houve Krul, Sergio Romero demonstrou que a história não se repete duas vezes, levando a sua Argentina à final do Mundial, 24 anos depois, para tentar vingar a derrota que aí sofreu precisamente frente à Alemanha (na altura ainda RFA).
Foram 120 minutos penosos. Duas equipas mais preocupadas em defender do que em atacar e onde as figuras maiores foram os centrais Vlaar e De Vrij, do lado laranja, e Mascherano e Garay, no lado dos das Pampas. Mas o veterano médio (ou central no Barça) é quem mais elogios merece. Foi extraordinário e salvou a Argentina da derrota nos descontos do tempo regulamentar, com um corte providencial, evitando o golo de Robben (nunca se conseguiu soltar das amarras), arranjando forças onde já parecia ser impossível descobri-las.
A Holanda foi a seleção que nos habitou neste Mundial, excelente defensivamente e taticamente, mas que nunca teve oportunidade de explorar os erros adversários de forma venenosa, como noutro jogos, pois simplesmente a Argentina também foi perfeita a defender. E apenas a defender pois ofensivamente sentiu em demasia a ausência de Di Maria. A camisola de Messi parece que andou pelo relvado, mas apenas isso pois aquele que para muitos é considerado o melhor do mundo não se viu em São Paulo.
Só mesmo as grandes penalidades poderiam decidir este jogo que apenas no prolongamento teve um ou outro momento de suspense. Ninguém fez muito para passar pelo que é difícil falar em merecimento. Resta agora saber que final teremos no Maracanã. Uma coisa é certa, uma nação canarinha irá gritar a plenos pulmões pelo adversário que lhe provocou a maior humilhação da sua história. Caso contrário, dificilmente o Brasil voltará a querer organizar um Mundial pois são demais os episódios traumáticos e ser salão de festas do maior rival é um pesadelo quiçá maior que a goleada alemã.
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