Uma página sobre futebol, com diferentes olhares, uns mais apaixonados, outros mais distantes, uns com uma dose de humor, outros mais sérios.
quarta-feira, outubro 22, 2014
Onde está a verdade?
Poderá ser contraproducente dizer o que vou dizer, sendo este um blog de futebol, mas é por situações como a que ontem se passou na Arena AufSchalke, que o meu desporto favorito é o Futebol Americano e apenas depois o Futebol chamemos-lhe convencional, vulgo Soccer para os americanos. E o porquê desta introdução? É que no Futebol Americano (desporto que por exemplo Jorge Jesus segue em algumas metodologias de treino, como a divisão por sectores) os treinadores podem contestar algumas decisões da arbitragem, que têm de recorrer à TV para verificarem se as decisões tomadas foram ou não correctas. Claro que também há erros, até porque nem todas as jogadas são passíveis de contestação e revisão via imagens televisivas, mas consegue-se ainda assim garantir uma maior verdade do jogo.
No futebol as novas tecnologias continuam a ser vistas como um bicho de sete cabeças. Uma indústria que move cada vez mais dinheiro, com marcas e investimentos associados de vários milhões, devia querer ser o mais transparente possível. Devia... Mas não quer. Basta ver o exemplo do Presidente da UEFA, Michel Platini, acérrimo opositor à introdução das novas tecnologias. Não conseguiu evitar a tecnologia da linha de baliza, introduzida no último Mundial (falta torna-la regra mas acredito que acabará por acontecer), mas aqui D'el Rey quando se fala na hipótese de parar o jogo para se verificar via TV se uma decisão arbitral foi correta.
Pelo contrário, vão-se acumulando árbitros em campo (já vamos em 6 nas competições da UEFA) mas a qualidade das suas decisões deixa muito a desejar. E o jogo de ontem do Sporting na Alemanha é apenas o pretexto para esta argumentação pois obviamente muitos outros lances como o de ontem continuam a ser mal ajuizados semanalmente, sem que ninguém mexa uma palha para o alterar.
A solução não poderá passar, naturalmente, por os treinadores poderem reclamar tudo e mais alguma coisa. Talvez uma decisão por cada 45 minutos e apenas em lances de penalties ou expulsões porque caso contrário, aí sim, o jogo perderia todo o seu ritmo e consequentemente o seu encanto.
Ao não se querer evoluir, o futebol, conhecido como o "The Beautiful Game", vai continuar a gerar polémicas, frustrações, revoltas e a afastar alguns que às tantas se fartam de tanta inverdade. Será que isso realmente importa aos Senhores do Futebol? É que enquanto os bolsos continuarem a encher-se estas questões são de somenos importância, como é a excessiva sobrecarga de jogos, com equipas e jogadores a chegaram aos finais de época ou no estaleiro ou de rastos. Who cares? The show (€€€€) must go on!
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