Para quem pensava que a França apenas tinha brilhado na fase de grupos devido à fraca oposição que teve pela frente, os gauleses deram uma forte resposta esta tarde. É certo que a Nigéria não deixa de ser, também ela, uma equipa acessível, mas os bleus foram convincentes.
O início da partida parecia querer mostrar que as Super Águias poderiam parar a França, mas essa imagem durou pouco. Após um golo anulado a Emenike, a Nigéria perdeu totalmente o controlo da partida. A França acordou com o susto? Ou os nigerianos foram defender o golo que não contou??
A querer voar só com uma asa, o galo só conseguiu impor-se em definitivo no segundo tempo, com a saída de Giroud e entrada de Griezmann. Até então, 90% dos ataques aconteciam em exclusivo pela direita, dado que Benzema caía sempre para o meio e Evra não subia dado o pouco apoio que tinha a defender. Era mesmo Blaise Matuidi quem compensava à esquerda quase transformando o 4-3-3 num 4-4-2.
Com as duas asas em pleno funcionamento, com a entrada do avançado da Real Sociedad, os gauleses não mais largaram o controlo e as oportunidades foram quase consecutivas na última meia hora. Enyama e a barra (num remate portentoso do meio da rua de Cabaye) foram adiando o inevitável.
Mas fazendo jus ao ditado, no melhor pano caiu a nódoa. E que nódoa. Saída mal calculada de Enyama a um canto de Valbuena na esquerda, com o toque na bola do guardião a ir parar à cabeça de Pogba que atirou para a baliza deserta, ele que na primeira parte ia marcando um golo de levantar o estádio, negado por Enyama.
Estava quebrado o feitiço que parecia proteger a Nigéria, com pouco mais de dez minutos para jogar. Se antes ainda conseguiram obrigar Lloris a aplicar-se a fundo nalguns momentos, já não houve fôlego final para isso e seria mesmo a França a matar a partida. Valbuena novamente a assistir, mas apesar de Griezmann falhar na bola, esta foi bater no central Yobo e terminou no fundo das redes da sua equipa.
Com um meio-campo que é a sua maior força, tal o pulmão de Cabaye, Pogba e Matuidi, a formação gaulesa parece de novo pronta para grandes voos. E o mais difícil teste está já aí, contando que a Alemanha baterá daqui a pouco, com maior ou menor dificuldade, o derradeiro representante do continente africano, a Argélia.
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