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segunda-feira, fevereiro 13, 2017
Uma Champions de oportunidades
Ao longo dos últimos anos a mais entusiasmante competição de clubes do mundo tem tido vencedores previsíveis. À entrada para cada edição, Barcelona, Real Madrid e Bayern de Munique parecem estar sempre um passo mais à frente dos opositores dado o poderio das suas equipas.
Olhando para as últimas oito finais, apenas por duas vezes o vencedor não foi uma das equipas acima mencionadas. O Inter de Milão de José Mourinho em 2009/2010, batendo o Bayern, e dois anos depois, em 2011/2012, com o Chelsea a levar também a melhor sobre os alemães. Nos últimos quatro, o vencedor foi sempre um dos dois grandes espanhóis ou o gigante alemão, apesar dos finalistas terem sido sempre equipas menos óbvias: Atlético de Madrid (duas vezes, ambas as que foram ganhas pelo rival de Madrid), o Dortmund (que caiu perante o também alemão Bayern) e a Juventus (derrotada pelo Barcelona).
Mas se a hegemonia destes três tem sido uma constante quase exclusiva nesta década, este ano parece o ideal para qualquer equipa poder sonhar. Qualquer talvez seja exagerado, mas algumas das que estão em prova podem certamente fazê-lo pois ninguém parece suficientemente sólido para ter um favoritismo exagerado.
É que se olharmos para o Real e para o Bayern, em especial, estão longe de convencer. No caso dos merengues, Ronaldo apesar de continuar a marcar golos, parece uma sombra do que costuma ser, tanto a nível interno como externo. E na Europa o Real foi segundo no grupo, com um empate embaraçoso em Varsóvia e dois jogos muito sofríveis com o Sporting. Enquanto os bávaros, apesar do passeio na Bundesliga tal a diferença de qualidade para as restantes equipas, já não é aquela máquina trituradora ofensiva de há uns anos, parecendo sempre ganhar com serviços mínimos. E na Europa passou por dificuldades, ficando em segundo no grupo atrás do Atlético de Madrid sofrendo uma derrota surpreendente na Rússia com o Rubin Kazan.
Já o Barça tem sido muito irregular, mais a nível interno que externo, mas com o tridente ofensivo MSN (Messi-Suarez-Neymar) em super forma acaba por parecer o principal candidato, mas menos consistente do que noutros anos.
Fazer prognósticos é difícil, mas tendo em conta o aparente menos poderio deste trio, são várias as equipas que poderão sonhar com uma surpresa. À cabeça o Atlético de Madrid, com um campeonato menos conseguido, pode concentrar atenções na Champions e conseguir, à terceira tentativa, o título. O Dortmund, também com uma época abaixo das expectativas na Bundesliga, pode lançar todos os trunfos na competição dos milhões, mas neste caso parece mais difícil dado não ter tantos argumentos. O PSG, há vários anos atrás do sucesso na liga milionária, também está longe das épocas anteriores, e com o Barça pela frente nos oitavos o sonho parece mais uma utopia.
Outros dois que poderão ter fortes aspirações são a Juventus e o vencedor da eliminatória entre City e Mónaco. No caso dos transalpinos, o seu vasto plantel e o momento de forma tornam a Velha Senhora num dos mais sérios candidatos ao título que lhes escapou há dois anos. Já City e Mónaco, ainda que mais rebuscados, podem também sonhar certamente. Os ingleses pelo seu plantel de enorme qualidade liderado por um dos melhores treinadores do mundo, Guardiola, mas que tem falhado na Premier League, enquanto os franceses são a equipa do momento na Europa. Uma máquina de fazer golos recheada de jovens talentos com Bernardo Silva à cabeça.
Dos portugueses pouco haverá a esperar em termos de aspirações ao título. O FC Porto, com a Juve pela frente, parece condenada à eliminação, enquanto o Benfica, mesmo conseguindo levar a melhor sobre um Dortmund em crise, dificilmente terá argumentos para mais do que isso.
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